sexta-feira, novembro 21, 2008

Vamos lá mas é dar um ar cultural a isto...porra


Historial da cidade de BEJA
Beja fica no alto de uma ondulação suave e domina até longe um largo espaço da planície alentejana (linda metáfora).. O solo à volta é rico e apto para a sementeira do cereal. Onde cresce o pão junta-se gente, é regra nunca desmentida pela História.
Logo, é certo que este lugar foi povoado desde época muito anterior à romana.
Mas é realmente com os romanos que a cidade começa a desempenhar um importante papel histórico.
O próprio nome da cidade, derivado de Pax Julia, recorda a pacificação da cidade, derivado de Pax Julia, recorda a pacificação das tribos da Lusitânia na época de Júlio César. São muitos na Europa os topónimos relacionados com César.É provável que a cidade de Beja tenha sido cercada de muralhas logo desde a sua fundação. É também provável que se tenham construído termas, um fórum, um teatro e outros edifícios típicos das urbes romanas. No entanto, os vestígios são quase inexistentes. É mesmo assim possível fazer uma aproximação do traçado das muralhas romanas. Nelas se abriam várias portas, três delas da época de Augusto; a porta de Mértola, a porta de Évora e a porta da rua do Dr. Brito Camacho. O fórum situar-se-ia, provavelmente, na zona hoje ocupada pelo largo dos Prazeres e o Convento da Conceição Praça da República e as ruas dos Escudeiros e do Sembrano. Em 1939, ao ser feita uma escavação na Praça da República para ser construído um reservatório de água, foram descobertas ruínas de um tempo que pôde ser sumariamente estudado por Abel Viana. Seriam os restos de um templo semelhante ao de Évora, com dimensões ligeiramente superiores.Pouco conhecemos das residências romanas em Beja. A zona mais rica da cidade deverá ocupar a metade ocidental da urbe. Aí se encontrariam os grandes monumentos e os bairros luxuosos. A encosta da zona oriental seria a área destinada aos bairros populares, à indústria e ao comércio. No campo económico, a cidade de Beja desempenhou um papel relevante. Na época de Augusto era uma das duas cidades no actual território português que podia cunhar moeda - a outra era Évora (Ebora). As moedas cunhadas em Beja têm a efígie do imperador e, no reverso, a legenda Pax IVL. Sede do Convento Jurídico Pacense, Beja era, na prática, a capital do Sul de Portugal.Em meados do século XX, era esta a descrição então feita de Beja: "Vista de fora, a cidade já nos mostra o arbitrário e confuso embrechado de moradias, a linha tortuosa das antigas vielas. A quem a percorre atentamente, não passarão despercebidas as muitas heranças das gentes que sucessivamente a prearam, ou pacificamente a houveram de seus maiores. Do seu passado despercebidas as muitas heranças das gentes que sucessivamente a prearam, ou pacificamente a houveram de seus maiores. Do seu passado falam expressivamente as pedras, cuja memória é mais duradoira que a dos homens...
Brasão da Cidade de Beja
Todas as terras, principalmente do Sul, têm a sua lenda. Muito ao contrário das lendas de outras terras, que metem geralmente moiras encantadas, Beja também tem a sua lenda. E esta pretende justificar a razão porque se encontra no escudo da cidade a cabeça de um toiro. Diz-nos a lenda: - «Muito antes dos lusitanos, o local onde hoje se encontra a nobre cidade de Beja com as suas muralhas romanas, com os seus prédios góticos, com a mesquita árabe, com o castelo do princípio da monarquia portuguesa e, consequentemente, essa Beja com documentos que representam 4 civilizações, era pequeno povo que vivia em cabanas cobertas de colmo, que apenas se empregava no exercício da caça. Todos esses campos ubérrimos de pão que vemos hoje, eram um compacto matagal, impossível em alguns pontos de ser penetrado pelo homem». «E uma serpente, uma serpente monstro que tudo matava, tudo triturava, era a horrível preocupação do povo que habitava no local que mais tarde, no tempo dos romanos, se havia de chamar Pax-Júlia, depois no domínio árabe se chamou Buxú e presentemente se chama Beja».Um ardil porém germinou no cérebro de um habitante dessa região: Envenenar um toiro, deitá-lo para a floresta onde existia a tal serpente. Aprovada por todos essa ideia, o toiro foi envenenado e deitado para o local indicado» . «A luta foi tremenda entre as duas feras. Por fim o toiro atingido pelos efeitos do veneno. Já mortalmente ferido pelas investidas da serpente monstro e foi vencido, o que serviu de bom repasto à serpente vencedora». «Mas... volvidos alguns dias, a serpente foi encontrada morta ao lado dos restos do toiro salvador». - A lenda tem sido transmitida de geração para geração e com certeza não deixará de ser contada enquanto a cabeça do toiro se mantiver no escudo de Beja. ... Mas dizem os mestres de heráldica: - As águias que fazem parte do escudo indicam a grande importância que Beja teve quando se chamava Pax-Jvlia.- O castelo constitui a indicação que Beja foi sempre uma praça forte. - A cabeça de toiro originou a lenda e que aparece nas armas de Beja, atesta a riqueza da região em cabeças de gado e cereais. - As quinas representam nas referidas armas o facto histórico de que Beja nunca pertenceu a particulares.
E agora pergunto eu, porque não ir visitar Beja?????

5 comentários:

Cristina J. disse...

Agora é que me lixaste!!!!
Mas isto é de uma Algarvia ou de uma Alentejana?!

Raios prtam se entendo alguma coisa... bem andam a dizer cá por casa que estou a ficar chéché

Jinhos grandes

Isa disse...

olá, isso é que é a fazer publicidade à minha terra, mas nao há como vir ver.
Porque não uma visita?ehehe
beijhios

IsaLenca disse...

Pois...sim!
É só coltura!! E muita culinária pelo meio- pelo que vi nas fotos e ouvi por telefone!!

Agora respondendo à tua questão : podes enviar mail. Se conseguir ajudar, óptimo. Tenho todo o gosto em ajudar no que puder.
Pode ser que para a próxima nos possamos conhecer pessoalmente.
Bjs

Anónimo disse...

UAU!Isto foi melhor do que ir ao google!
Pois é, Beja não tem princesas encantadas mas tem pessoas encantadoras por isso é virem até cá...
Bjs Dina

Nela disse...

Ah Carago! É isso mesmo: CULTURA! Gastronómica, entenda-se!
Hihihihi
Jinhos